sábado, 15 de setembro de 2012

Este blog tem a finalidade de verificar o dia a dia dos alunos para isso o blog vem colando a historia de Mato Grosso do Sul, para introduzir a identidade dos alunos verificados no território e na população de onde eles nasceram, sendo este uma das exigência do curso de introdução a educação digital: Linux educacional 

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Avaliação

Avaliação: produza um texto aonde contemplem os moradores que habitavam o sul do Mato Grosso antes da colonização; nos períodos: colonial, imperial, republicano e a divisão dias atuais. Começado, basearem-se nos povos nativos, depois na extração do ouro, mais tarde na extração da ipecacuanha, a guerra do Paraguai, da erva mate, até a divisão.
Depois do texto produzido entregue ao professor Marcelo.

Cultura material de povos indígenas de Mato Grosso do Sul

Prova da existência indígena



quarta-feira, 10 de agosto de 2011

contextualização histórica


Formação: pré-história
 A ocupação humana do MS (sul do antigo MT) inicia por volta de aproximadamente de 07 a 12 mil anos atrás, os primeiros a se estabelecerem nas terras do futuro MT são os índios. Lembre-se de que a partir do século XVI temos a ocupação do território pelos lusos -castelhanos.
Os principais povos indígenas existentes em nosso estado são classificados em cinco grupos básicos: Terena,Kadiwéu ou guaicuru,Guarani: possuindo duas ramificações: kaiová ou cauiá e Ñandeva ,Ofaié (Ofaié – Xavante),Guató
OFAIE
A Terra Indígena Ofaié - Xavante, com perímetro de 1.937,62 ha, no município de Brasilândia (MS), tendo o declarada de posse permanente aos índios em 1992,área 33estava ocupada por fazendas e foi contestada por seus proprietários.
Os Ofaié tiveram então que ficar provisoriamente em outro terreno, que anos depois seria inundado para a formação da represa da Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta (ex- Porto-Primavera).
GUAICURU
 A primeira notícia que se tem dos Guaikurú data do século XVI, proveniente de uma expedição européia que adentrou a região chaquenha à procura de metais preciosos no interior do continente.
 Muitos grupos Mbayá estiveram sob a influência de reduções missionárias a partir do século XVIII.
 O contato com as frentes colonizadoras se intensificou com o estabelecimento de fortes militares estabelecidos pelo curso do rio Paraguai, seja de portugueses ou espanhóis, que se debatiam pela definição de fronteiras.
 As cidades fundadas na região fizeram parte do cenário de sua história, muitas vezes de conflito. Ou de acordo, como o celebrado em 1779 entre os Mbayá e os espanhóis, e o firmado em 1791, com os portugueses.
TERENA
 Últimos remanescentes da nação Guaná no Brasil, os Terena falam uma língua Aruak e possuem características culturais essencialmente chaquenhas (de povos provenientes da região do Chaco).
 O domínio dos grupos de língua Aruak entre os diversos povos indígenas do Chaco, todos caçadores e coletores, deveu-se ao fato daqueles grupos serem, de longa data, predominantemente agricultores – e sobre esta base econômica se organizarem socialmente em grupos locais (aldeias) mais populosos, expansionistas e guerreiros.
 Os estudiosos dos povos chaquenhos afirmam que os Chané ou Guaná dispunham de uma base social muito mais sofisticada do que seus vizinhos Mbayá. Estavam estratificados em camadas hierárquicas: os "nobres" ou "capitães" (os Naati ou "os que mandam") e a "plebe" ou "soldados" (Wahêrê-xané, ou "os que obedecem").
GUARANI
 Na chegada do europeu as populações que ficaram conhecidas como guarani ocupavam extensa região litorânea que ia de Cananéia (SP) até o Rio Grande do Sul, infiltrando-se pelo interior nas bacias dos rios Paraná, Uruguai e Paraguai.
Da confluência dos rios Paraná e Paraguai espalhavam-se pela margem oriental deste último e nas duas margens do Paraná. O Rio Tietê, ao norte, e o Paraguai a oeste, fechavam seus territórios.
 Os estudos arqueológicos indicam ainda que nos anos 1000/1200 d.C., expandindo-se ao sul, a partir de regiões hoje localizadas no oeste brasileiro (cabeceiras dos rios Araguaia, Xingu, Arinos, Paraguai), grupos de cultura guarani ocuparam territórios compreendidos pelo atual sul do Brasil, norte da Argentina e a Região Oriental do Paraguai
GUATÓ E OS PAIAGUÁ
 No século XIX, os índios guató somavam "500 almas", segundo recensamento realizado pelo Império. Nos anos 60 do século passado, foram dados como extintos. Hoje, são novamente cerca de cinco centenas de pessoas, espalhadas pelo pantanal mato-grossense, a maioria delas aculturada.
 Os Paiaguás, era um povo canoeiro quando da chegada dos espanhóis, habitando a região do rio Paraguai.
 Eram esses índios senhores absolutos das margens dos rios dos Xaraés, principalmente o Paraguai, onde percorriam toda  a sua extensão com centenas de canoas, fator que amedrontava todas as monções que por ali passassem.
Ocupação da America
Para entender melhor as modificações ocorridas no território sul mato-grossense e necessário uma breve revisão a partir do século XV pra verificar as  modificações ocorridas no processo de ocupação da America como podemos contatar na sequência .       
 Com a dissolução da União Ibérica e a partir da militarização dos portugueses a oeste de Tordesilhas, paulatinamente, foram perdendo o domínio da região e, consequentemente, ampliando a livre navegação para os portugueses.
Processo de  ocupação da América, em 1415 - Início da expansão ultramarina lusitana Portugal lança-se na navegação Atlântica em busca de uma nova rota comercial com as Índias; 1430 – 1450: Portugal ultrapassa as regiões de Açores, Cabo Bojador, Senegal
Em 1488: Bartolomeu Dias atinge a região sul-africana denominando-a de Cabo das Tormentas (Cabo da Boa Esperança), em  1492 –“ Descoberta da América” pelos espanhóis, conforme o estabelecido em 1480(Tratado de Toledo) em caso de descoberta de terras portugueses e espanhóis deveriam dividir o território; em  1493: criada a Bula Inter - Coetera, que estabelecia que num limite de 100 Léguas até a altura das Ilhas de Cabo Verde todo o domínio pertenceria aos lusitanos e acima de tal marco domínio espanhol.
 Portugal reclama que nada lhe sobrara do “Novo Mundo” e o tratado é refeito; em 1494 – Tordesilhas: ocorre a ampliação da área de domínio portuguesa de 100 léguas para 370 léguas a oeste.
EXPANSÃO A OESTE DE TORDESILHAS
A oeste de Tordesilhas, os espanhóis buscavam o reconhecimento do território em busca de prováveis riquezas em 1516 - Expedição de Juan Dias de Sólis na sua expedição, o objetivo era encontrar um caminho capaz de unir o Atlântico ao Pacífico,  durante a sua expedição, chega até a região do estuário do rio da Prata onde alcança o litoral do atual Uruguai.Sua viagem foi trágica, acabou sendo morto pelos índios, após perder o comandante, apenas onze sobreviveram, entre eles Aleixo Garcia.
Após o acidente com De Sólis e o naufrágio do navio no qual era tripulante, Garcia conviveu cerca de oito anos entre os gentios guaranis para sua expedição, em 1524.  Tal convivência teve aspectos importantes:  Aprendeu a língua e os costumes da Nação Guarani,b- Criou um laço de amizade com os gentios
 Por volta de 1524, Aleixo Garcia partia da região da atual ilha de Santa Catarina com, aproximadamente, 2000 índios guarani em direção ao Peru, seu objetivo era encontrar um caminho pelo litoral Atlântico adentrando no estuário do rio da Prata até chegar nas Minas do Peru.
Nesse trajeto ele atravessa a Serra de Maracaju, desce o rio Miranda,  navegando pelo rio Paraguai, alcança a atual região de Assunção. Segundo a Historiografia, Aleixo Garcia foi o primeiro europeu a pisar o solo sul - mato-grossense.
Em 1534,  Francisco Pizarro domina o Peru,para administrar a vasta região dos espanhóis a oeste de Tordesilhas, foi cria a “Província del Plata”, seus administradores eram chamados de adelantados.
 As funções dos Adelantados eram: impedir a presença lusitana nas Minas do Peru, assegurar a posse a oeste de Tordesilhas, garantir a livre navegação em toda a região platina, para garantir a posse no território do Mato Grosso, fundam na porção sul as Missões Jesuíticas do Itatim .
Os adelantados são:
Pedro Mendonça : Fundação de Buenos Aires e Forte da Candelária (Corumbá)            
 Domingos Martinez Irala: povoação da região platina; estabeleceu como capital em Assunção; e fundou diversas missões que foram entregues aos franciscanos;
 Alvar Nuñez Cabeza de Vaca: introduziu o uso dos cavalos; descobre as Cataratas do Iguaçu; devido à problemas com os colonos, acabou sendo destituído.
 Juan Ortiz de Zárate: introdução do gado
Juan Torres de Vera y Aragon: consolidação do povoamento da bacia platina;
Hernando Arias de Saavedra: integrou o sul do Mato Grosso ao território de Assunção
O  Governou ficou cerca de vinte anos em nome da Espanha.
Vendo que não conseguiria vencer os gentios por meio das armas, sugere a vinde de jesuítas para o sul do Mato Grosso para catequizar os índios.   A ação dos Jesuítas: chegaram por volta de 1610 no Paragua, com o objetivo: Catequizar e civilizar os índios.
Tendo o Projeto Geopolítico de ergueram as Missões Jesuítas no  Guairá - PR , Tape - RS Missões Espanholas, Itatim - MS
Não podemos de deixar de citar o que os bandeirantes representaram na região sul mato-grossense como podemos verificar os tipos de bandeiras:
A – PROSPECTORA:
 Seu principal objetivo era descobrir riquezas minerais, como ouro, prata, pedras preciosas, etc...
 APRESADORA:
 Devido a escassez de mão-de-obra  e a dificuldade com a importação de escravos negros, iniciou-se, ainda no século XVI o ciclo de caça ao índio.
 DROGUISTA:
Expedições que visavam descobrir diversos tipos de especiarias que poderiam ser vendidas na Europa.
 REDUÇÕES (MISSÕES)
 Tinham por objetivo a catequização dos índios;
As reduções ainda apresentavam uma outra importante característica, os índios conduzidos às reduções não apresentariam perigo aos bandeirantes em suas rotas expedicionárias.
As missões do Itatim, Tape e Guairá contribuíram em muito para a expansão bandeirante, porém muitas delas foram saqueadas pelos caçadores de índios por dois motivos básicos: os índios já estavam civilizados, já estavam habituados ao trabalho
As monções eram expedições fluviais que tinham objetivos diversos, como: reconhecimento fluvial, busca de índios, metais preciosos,as rotas das monções foram as principais fontes de abastecimento da região Platina até o início do século XX,dinamizou o comércio na região Platina;
Assim ligando o Atlântico Norte ao Atlântico Sul, e encontrar um caminho alternativo que pudessem estabelecer contato com as minas do Peru,diversas eram as dificuldades pelo caminho, a viagem durava em média seis meses (isso se as pestes, chuvas e os índios não atrapalhassem).
 Os rios eram as primeiras dificuldades, muitos não eram navegáveis e os bandeirantes tinham que transportar as embarcações no ombro, as corredeiras, saltos e cachoeiras eram grandes desafios para esses desbravadores.
A fome em muitas vezes foi à maior dificuldade encontrada pelos bandeirantes, eles estavam o tempo todo expostos aos ataques dos índios que habitavam a região por onde passavam  no sul do Mato Grosso, importante lembrar que os principais índios que ameaçavam as expedições eram:
Os Guaicurus: denominados de Cavaleiros do Pantanal;
Os Paiaguá: denominados de Canoeiros do Pantanal.
 Tais rotas, tanto terrestres como fluviais, tinham em sua maior parte, como ponto de partida o rio Tietê e o estuário do rio da Prata também era muito utilizado no caminho para as Minas do Peru.
Por volta de 1648, Antônio Raposo Tavares Realiza os seus périplos através do vale Amazônico, retornando a São Vicente por via marítima, foram mais de 10 .000 quilômetro percorrido, realizado durante três anos
A partira com aproximadamente 1200 integrantes e retornando com apenas 58, parte dos integrantes morreram na luta contra os Paiaguá e os Guaicuru, além de muitos deserdarem, outros morreram de peste, fome e nas enchentes.
 Tavares era considerado inimigo número um da Espanha, devido a audácia de explorar as terras a oeste de Tordesilhas.
Agora podemos entender melhor a história e como e que condições sócio - político que os portugueses chegaram no território de Cuiabá.
 No ano de 1718, Antonio Pires de Campos, vindo das Gerais, atravessa a região do rio São Lourenço e deste para o rio “tributário”, chegando até a barra do Coxipó-Mirim, onde travou luta com os índios Coxiponés.            
 No ano de 1718, Antonio Pires de Campos, vindo das Gerais, atravessa a região do rio São Lourenço e deste para o rio “tributário”, chegando até a barra do Coxipó-Mirim, onde travou luta com os índios Coxiponés.
 Através de instruções dadas por Pires de Campos, sobre a existência dos Coxiponés, Pascoal Moreira Cabral Leme, organizou no ano de 1719 uma expedição composta por:           - cerca de 60 homens brancos; - índios e servos.
 Iniciava no futuro Mato Grosso o grande sonho dourado e apesar de longíquas zonas de exploração auríferas do Mato Grosso que estava isolada por um tenebroso caminho  de extensas áreas de floresta de densas matas, diversos rios perigosos, sem contar a presença dos temíveis paiaguás e dos guaicurús, aumentava a crença dos portugueses na possível descoberta da Sierra de los Martírios
No Ano de 1719 os irmãos Leme organizam a criação da fazenda Camapuã( cama: seios; puã: bonitos), que vindos de Itu, embrnharam-se no Tietê, eles estavam muito bem nutridos de armas,  dinheiro e escravos, porém com poucos mantimentos.
Na rota alcançam  navegam pelo seus afluente (Pardo) até a sua nascente, próximo da serra descrita por Cabral Leme,não se sabe se por erro ou busca de um novo caminho não tomam o Anhanduí.
Desta forma, escasso o alimento, logo trataram, os Irmãos Leme (Antão, João, Lourenço e Domingos) de iniciar um plantação no divisor das águas, pois não sabiam quando chegariam ao Porrudos e deste à zona aurífera.
Em 1726, a fazenda já cultivava milho, feijão, cana-de-acúcar, banana; criva diversos pequenos animais, porém não havia a criação de bovinos, e em 1727, a fazenda já pertencia a Luís Rodrigues Vilares.
Em 1751, a fazenda já possuía um rebanho de 600 cabeças de rezes (gado),e em em 1785, a fazenda Camapuã pertencia a herdeiros e sua população não ultrapassava o número de 300 pessoas.
Com a descoberta do ouro no Arraial da Forquilha em 1719 e a conseqüente notícia de Cabral Leme, no ano de 1721 ocorreu um acelerado povoamento da zona mineradora. Mas, é somente a partir do ano de 1722 que temos as descobertas da minasde ouro.
 Partindo de Sorocaba e instalando-se na região mineradora do Mato Grosso, Miguel Sutil, que possuía uma área de plantio próxima do arraial “mandou dois índios carijós à sua roça buscar mel, ficando surpreso,  quando os índios trouxeram em lugar de mel, pepitas de ouro. A notícia desse descobrimento se espalhou rapidamente por entre os moradores da Forquilha, que alvoroçados mudaram em 1723, para o local onde hoje se encontra a cidade de Cuiabá”
Com a descoberta das ‘Minas do Sutil’ e a conseqüente mudança da população para a região, fundou-se um novo povoado, de onde em cerca de um mês foram extraídas cerca de quatrocentas arrobas de ouro.
 Além da enorme distância até o local das minas do Cuiabá, os exploradores tinham outra grande preocupação na rota das minas, os ataques dos paiaguás.
 Já no ano de 1725, as monções passam a ser atacadas pelos bravios Guaikurús  e, Diogo de Souza foi, neste mesmo ano atacado pelos paiaguás na barra do Xaraés, com ele sobreviveram apenas um homem branco e um negro.
 Após os relatos de Cabral Leme, a Capitania de São Paulo passa a ser a responsável pela administração aurífera do Cuiabá e, com isso Dom Rodrigo de Menezes chega à região no dia 15 de novembro de 1726.
 Ao instalar-se definitivamente na região, inicia em 1727 seus primeiros atos em nome da cora lusitana à oeste dos limites do meridiano de Tordesilhas; já no dia 01 de janeiro de 1727, o primeiro ato do capitão foi a elevação do Arraial da Forquilha à condição de vila com o nome de: Vila Real do senhor Bom Jesus do Cuiabá
Graças à expansão bandeirante além dos limites previstos pelo Tratado de Tordesilhas, ocorre: busca de novas fontes de riquezas, descoberta do ouro em Cuiabá, acirramento da disputa pela demarcação territorial entre lusos e castelhanos.
Aos 09 de maio de 1748, Portugal decidiu desmembrar a zona aurífera mato-grossense  da capitania paulista,facilitando a administração e o controle da extração do ouro.            
 A região passaria a contar com um rigoroso aparato administrativo e também militar que propiciasse a defesa da região,Criou a Capitania Independente do Mato Grosso, assim a capitania mato-grossense possibilitou a fixação dos portugueses naquelas terras.
Posse  que foi assegurada em 1750 pelo Tratado de Madrid assinado com a Espanha, através do princípio do uti possidetis,as disposições da carta régia, estabelecia como funções do Capitão:
-fixar-se na cabeça do governo do Mato Grosso, onde deveria o governo do distrito fazer sua residência;
-ir à Cuiabá e as outra minas do mesmo governo, quando assim pedir o bem do serviço e a utilidade dos moradores;
 -manter constante vigilância na região e evitar desavenças com os castelhanos vizinhos da região aurífera;
 -construir a capital daquela nova capitania às margens do vale do rio Guaporé, assegurando assim a posse da região e servindo de anteparo às pretensões dos castelhanos;
 -navegar constantemente pelo Guaporé fiscalizando a região e impedir que os moradores do Mato Grosso estabelecessem comércio com os espanhóis;
 -rígido controle par se evitar o contrabando em terras lusitanas e  respeitar as possessões dos castelhanos em regiões circunvizinhas
OBS: O objetivo do governo luso foi garantir a posição de domínio sobre o Guaporé, para daí controlar a navegação até o rio Madeira, o que permitiria a comunicação desse interior diretamente com o oceano Atlântico.
Em 19 de março de 1752, na região do sítio denominado de Pouso Alegre,   à margem direita do vale do rio Guaporé, a primeira capital do Mato Grosso: Vila Bela da santíssima Trindade do Mato Grosso, foi a capital da capitania até o ano de 1822.
 Vila Bela é fundada de acordo com as prerrogativas do Tratado de Madrid, De Vila Bela via-se claro que o problema se decompunha em duas partes:  absorver a navegação do Madeira,- paralisando as hostilidades das vizinhas aldeias dos  Moxos e dos Chiquitos .
 O governo de João Pedro da Câmara(1763 – 1769),procurou organizar a defesa militar da capitania procurando desta forma assegurar a posse da região e manter a vigilância sobre a fronteira.
 Para desenvolver tal ação funda o Forte da Conceição, mas como não contava com um grande contingente, na administração de Pedro Câmara, estabeleceu-se uma constante vigilância no Guaporé
O Governo de Luís Pinto de Souza Coutinho(1769 – 1771),teve  sua grande ação no Mato Grosso resume apenas na expulsão dos jesuítas da região, - eram contra o apresamento de índios na região,  deve-se salientar que a base da mão-de-obra mato-grossense no período era a indígena.
Em 1767, e notório  que a povoação do Iguatemi era no extremo sul do Mato Grosso: Total abandono, vulnerável à expansão Castelhana.
 Dom Luís Antonio de Sousa, devia expandir o território luso para o sul do MT, assegurar as terras antes dos espanhóis,reconhecer  as regiões do rio Tibagi, fundando a colônia do Iguatemi e também um presídio.
OBS: A colônia do Iguatemi foi o primeiro passo do governo para a posse efetiva da região da fronteira sul
O Governo de Luiz de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres(1771-1789), foi o período mais importante do Mato Grosso no período colonial. Considerado o responsável por consolidar as pretensões portuguesas  em terras mato-grossenses,  realizando ações como:              
Tratou de reconhecer a situação da região e já em 1775, determina a ocupação da região conhecida como ‘Fecho dos Morros’, onde posteriormente funda o ‘Forte Coimbra’, assegurando a navegação no baixo Paraguai e edificando, definitivamente a presença portuguesa na região.
Estabelece às margens do rio Guaporé,  em 20 de junho de 1776, as primeiras bases para a construção do ‘Forte Príncipe da Beira’ .
Como conseqüência do Tratado de Santo Ildefonso, seguindo as determinações que recebera, no ano de 1778, com o objetivo de ampliar a posse portuguesa na região, assegurando a margem direita do rio Paraguai, funda aos 21 de setembro, a povoação de ‘Albuquerque’, hoje região conhecida como ‘Corumbá’.
Estabelece ainda, numa região entre Cuiabá e Vila Bela, a construção da ‘Vila de São Luiz de Cáceres’ ou Vila Maria, hoje cidade de ‘Cáceres’,  aos 06 de outubro de 1778. A Vila Maria assegurou estrategicamente aos portugueses a posse dos rios Paraguai e Guaporé.
Em  21 de janeiro de 1781, funda a povoação de ‘São Pedro de El-Rei’, atual região de ‘Poconé,- El-Rei era ponto intermediário entre Cuiabá e a Vila Maria, por isso de grande valor estratégico.
 Na tentativa de dominar a navegação do Pardo até o Taquari, organiza duas excursões com o objetivo expresso de investigar toda a região navegável para que pudessem estabelecer como posse definitiva dos portugueses.
 Nova identificação para a região. Desta forma, a ordem de Dom Cáceres era mudar o nome do rio Mboteteú para Mondego e ao Embotetey ou Uacogo  de Aquidauana.
Dom João de Cáceres assume a administração do Mato Grosso aos 20 de novembro de 1789, e podemos citar que a sua administração não correspondeu à expectativa dos mato-grossenses, que esperavam, aos menos, ações similares ao do seu antecessor e irmão.
 Sua administração não foi uma das melhores, logo revelou-se como prepotente e vaidoso. Praticou diversos atos arbitrários. Dentro do seu governo merece destaque o ‘Tratado de Paz e Aliança Eterna’ com os índios guaicurus, assinado em 01 de agosto de 1791
O Presídio de Miranda: Administração de Caetano Pinto de Miranda Montenegro(1796-1804)
 Com a pretensão de se conquistar a região sul dos Xaraés, muitos povoados são fundados na região, como Coimbra e Albuquerque,mas, aos poucos os espanhóis percebem tal movimentação portuguesa e, no ano de 1792, fundam à margem esquerda do rio Apa o Forte de São José, na expectativa de defender as suas terras da expansão lusa na região.
Com a ação de Dom Cáceres os limites do sul do Mato Grosso, hoje Mato Grosso do Sul, estavam praticamente definidos, porém existia a necessidade agora de defender as suas possessões.   
 No ano de 1796, assume a administração Caetano Pinto de Miranda Montenegro, que no ano de 1797 funda às margens do rio Mondego  as edificações do Presídio de Miranda:
“Levantada a edificação, chamada de presídio, passa a ocupá-la um destacamento militar que tinha por missão policiar as terras que se estendiam até o rio Apa. Ao seu redor, formou-se um povoado de índios mansos, que deu origem a atual cidade de Miranda.”
Governou brilhantemente o Mato Grosso, além de escrever diversos feito militares na província, dentre eles temos a heróica resistência de Ricardo Franco no Forte Coimbra contra a investida dos espanhóis.
 Dom Lázaro da Ribeira Espinoza, toma para si a incumbência de expulsar a presença lusa da região,armou-se com cerca de 600 a 800 homens armados de canhões intima a rendição do Forte Coimbra, que contava com cerca de apenas 100 homens.
 A receber a resposta de Ricardo Franco, Dom Ribera manda abrir fogo contra o Forte, por terra diversos homens tentam invadir a fortificação,mas, devido à grande ação e estratégia dos homens de Coimbra, Dom Ribera é obrigado a recuar e retirar-se da região.
 Temendo um provável retorno de Ribera, Coimbra pede reforços ao governador que imediatamente entra em contanto com São Paulo,este último responde prontamente enviando reforços ao Mato Grosso.
 Animados com o feito de Ricardo Franco, a guarnição presente no presídio de Miranda “ se reuniu com os índios guaicurus e marcharam para o Apa (...) Comandados pelo tenente Francisco Rodrigues do Prado, atacam o Forte São José, no dia 19 do mesmo mês, com cerca de aproximadamente, 54 soldados e 297 índios.”
 O tenente Ricardo Franco de Almeida Serra foi recompensado pelo grandioso feito com a patente de Coronel, trezentos mil réis e o hábito de São Bento de Alveis.
Na independência do Brasil o território de Mato Grosso teve os principais Acontecimentos do Período: a transferência da capital para Cuiabá, a Rusga,a Guerra da Tríplice Aliança contra e Paraguai, o rio Paraguai na comunicação e transporte após o final do século XIX ,sistema produtivo: extrativismo, usinas de açúcar e pecuária, o panorama social: a questão da escravidão, a cultura mato-grossense no século XIX , Mato Grosso Jura fidelidade ao Imperador          
 Transferência da capital, de Vila Bela para Cuiabá Mato Grosso, na primeira metade de século XIX, vivia uma realidade diversa se comparada a do início da sua colonização, pois a mineração estava em decadência e a economia baseava-se principalmente em atividades agropecuárias e no comércio.
 Com relação aos seus núcleos populacionais, os mais desenvolvidos eram Vila Bela e a cidade de Cuiabá.- A Rusga foi um movimento ocorrido em Mato Grosso no ano de 1834, durante o período regencial.
Os grupos políticos liberais e conservadores se organizavam em sociedades.  Seguindo essa tradição em Mato Grosso, os liberais se agrupavam na Sociedade dos Zelosos da Independência e os conservadores na Sociedade Filantrópica, "os revoltosos, liderados pela Sociedade dos Zelosos da Independência, planejavam uma rebelião que teria início na madrugada de 30 de maio de 1834".
Chefe do governo em Cuiabá, João Poupino Caldas, em              - 30 de maio, data da rebelião, a população saiu pelas ruas de Cuiabá. Membros das camadas inferiores e da guarda nacional gritavam palavras de ordem; armados, roubaram e saquearam casas de comércio e até mortes foram registradas.
 No dicionário, a palavra "rusga" significa barulho, desordem, confusão, pequena briga ou desentendimento entre duas ou mais pessoas. No caso de Mato Grosso, não foi uma revolução
 Após independência (1810/1811) o Paraguai se tornaria uma exceção política na América Latina, tornou-se uma nação realmente soberana e livre, o 1º Estadista Francia José Gaspar Rodrigues Francia (El Supremo) foi o 1º presidente da República do Paraguai
Ação do governo de Francia eliminou o poder da Aristocracia rural tomando-lhes a Terra e distribuindo aos camponeses; - promoveu uma vasta reforma agrária e as terras foram entregues aos camponeses de origem indígena,  eliminou o poder da Igreja Católica tomando-lhes também, as terras e riquezas, criou as denominadas Estâncias da Pátria – áreas de produção rural incentivadas pelo governo,  criação de um vasto sistema de ferrovias e estradas para o escoamento da produção agrícola,  incentivou a produção manufatureira, diminuindo as importações e ao mesmo tempo ampliando o comércio na Bacia Platina.
 O Paraguai não contraiu empréstimos estrangeiros nem dívidas externas, tornou-se a única nação da Bacia Platina que não possuía dependência econômica da Europa, Principalmente da Inglaterra
 Em 1840 o analfabetismo foi erradicado, os paraguaios além de alfabetizados, possuíam uma profissão e se empenhavam ao máximo para melhorar as condições de vida em seus território
 Francia falece no Ano de 1840, mas deixa um grande legado aos paraguaios. Além das sua diversa ações, Francia tinha dois sonhos: manter o sistema de isolacionismo e autonomia do Paraguai em relação às nações européias;              -estabelecer uma ação expansionista em direção ao Atlântico, propiciando um livre comércio dos produtos paraguaios com outras nações além da Bacia Platina;
No Governo de Carlos Antonio Lopez com diversas pretensões expansionistas, porém para tal feito necessitava ampliar ainda mais a sua influência na região platina, uma vez que Brasil, Argentina e Uruguai, que estavam há poucos anos independentes, buscavam se firmarem como Estados Nacionais e, por isso, tinham as mesmas pretensões na região: a Livre Navegação pelos rios da Bacia Platina.
 No ano de 1845 uma missão paraguaia dirige-se ao Rio de Janeiro para tratar dos limites e de um convênio que o Paraguai propunha ao ditador Rosas da Argentina, era Missão Gelly.
 O ditador paraguaio propunha que as terras desde o Iguaçu até a serra de Maracajú fossem incorporadas ao território de Lopez, exigindo ainda, com tamanha incoerência, que entre os rios Apa e o arroio Branco não fossem fixados colonos.
Paraguai assina em 1858 um tratado de Livre Navegação pela Bacia Platina com as demais nações platinas e o Brasil.
Carlos Antonio Lopez, falece no ano de 1862 sem conseguir ampliar o território paraguaio sobre as terras do Mato Grosso do Sul e, não consegue manter por muito tempo as suas conquistas em solo argentino como foi o caso da província de Corrientes e Entre-Rios, porém assegura uma saída para o Atlântico.
O governo de Francisco Solano Lopez, tinha  o objetivo de manter os sonhos imperialistas paraguaio na bacia platina, assume o governo Francisco Solano Lopez, filho de Lopez.
 Solano Lopez busca manter a estrutura de desenvolvimento manufatureiro e comercial aliado à burguesia paraguaia e alicerçado pelo ideal nacionalista que contava com o apoio das massas populares.
O Paraguai busca suas pretensões isolacionistas e expansionistas, o Brasil também se manifestava com grande interesse na bacia platina fazendo algumas intervenções, vejamos:
Na política externa verifica –se Conflitos platinos: causa básica: controle da navegação na Bacia do Prata; causas secundárias: disputas territoriais e enfraquecimento de rivais, acesso a províncias do interior, especialmente MT (BRA), situação no URUGUAI: 2 partidos rivais.
Blancos – estancieiros, interior, pró-ARG, líder - ORIBE;
                                                                              X
Colorados – comerciantes, Montevidéu, pró-BRA, líder - RIVERA.
 A situação na ARGENTINA: Buenos Aires X Interior
Buenos Aires: Rosas (apoiado pelos Blancos do URU).
Interior (Corrientes e Entre-Ríos) : Urquiza (apoiado pelos Colorados do URU e pelo Brasil).
 Em 1850: Guerra contra Oribe e Rosas: BRA invade URU e ARG e depõe seus governantes, assumem Rivera (Colorado) no URU e Urquiza na ARG, 1864: Guerra contra Aguirre (URU – Blanco):BRA invade o URU, depõe Aguirre e coloca em seu lugar o colorado Venâncio Flores, equilíbrio no Prata é rompido. Aguirre tinha acordo com o líder paraguaio Solano López.
 As Causas: PAR sem saída para o mar (anexações no BRA e ARG), “Mau exemplo” – oposição inglesa ao projeto paraguaio, rompimento de relações diplomáticas com o BRA (represália a invasão do URU e deposição de Aguirre), invasão paraguaia ao MT e ARG (1865).
 O Importante salientar que as causas da Guerra do Paraguai ou da Tríplice Aliança contra o Paraguai, não estão associadas diretamente à industrialização paraguaia, são elas: choques de interesses nas Nações Platinas;  formação dos Estados Nacionais Platinos;  livre Navegação; expansionismo paraguaio;  mau exemplo paraguaio – autonomia econômica em relação à Inglaterra;  perdas inglesas na região pelas ações paraguaias.
Dadas as primeiras movimentações de Solano Lopez em invadir a província do Mato Grosso (Corumbá e Coimbra)  e posteriormente a província do Rio Grande do Sul (São Borja e Uruguaiana), o governo brasileiro trata de mobilizar as sua tropas na tentativa de barrar Lopez.
Em 12 de novembro de 1864, mandou capturar o navio mercante brasileiro Marquês de Olinda, que subia o rio Paraguai, e, em 11 de dezembro, iniciou a invasão da província de Mato Grosso.
 Dois dias depois declarou guerra ao Brasil, que ainda estava em meio à intervenção armada no Uruguai, para a invasão de Mato Grosso, López mobilizou duas fortes colunas: uma por via fluvial, que atacou e dominou o forte Coimbra, apoderando-se em seguida de Albuquerque e de Corumbá;  outra por via terrestre, que venceu a guarnição de Dourados, ocupou depois Nioaque e Miranda e enviou um destacamento para tomar Coxim, em abril de 1865.
O principal objetivo da invasão do Mato Grosso:   era distrair a atenção do Exército brasileiro para o norte do Paraguai, enquanto a guerra se decidia no sul.
Em 18 de março de 1865, com a recusa do presidente argentino Bartolomé Mitre a conceder autorização para que tropas paraguaias cruzassem seu território,  Solano López declarou guerra à Argentina e lançou-se à ofensiva: capturou duas canhoneiras argentinas fundeadas no porto de Corrientes;  invadiu a província em 14 de abril.
 O fato motivou a formação, em 1 ° de maio de 1865, da Tríplice Aliança, no Mato Grosso, uma expedição de aproximadamente 2.500 homens, organizada em São Paulo, Minas Gerais e Goiás, foi enviada para combater os invasores.
A coluna percorreu mais de dois mil quilômetros e, com grande número de baixas, causadas por enchentes e doenças, atingiu Coxim em dezembro de 1867, quando a região já havia sido abandonada.
 O mesmo aconteceu em Miranda, aonde chegaram em setembro de 1866, essa mesma expedição decidiu em seguida invadir o território paraguaio, onde atingiu Laguna.  Perseguida pelos inimigos, a coluna foi obrigada a recuar, ação que ficou conhecida como a Retirada da Laguna. (Visconde de Taunay)
Em 11 de junho de 1865 travou-se no rio Paraná a batalha do Riachuelo, em que a esquadra brasileira, comandada por Francisco Manuel Barroso da Silva, futuro barão do Amazonas, aniquilou a paraguaia, comandada por Pedro Inacio Meza.
 A vitória do Riachuelo teve notável influência nos rumos da guerra: impediu a invasão da província argentina de Entre Rios e cortou a marcha, até então triunfante, de López.
 Desse momento até a derrota final, o Paraguai teve de recorrer à guerra defensiva.

 Em 16 de julho, o Exército brasileiro chegou à fronteira do Rio Grande do Sul e logo depois cercou Uruguaiana, e em 18 de setembro Estigarribia rendeu-se, na presença de D. Pedro II e dos presidentes Bartolomé Mitre e Venancio Flores.
 Encerrava-se com esse episódio a primeira fase da guerra, em que Solano López lançara sua grande ofensiva nas operações de invasão da Argentina e do Brasil.                - No início de outubro, as tropas paraguaias de ocupação em Corrientes receberam de López ordem para retornar a suas bases em Humaitá.
 Ao mesmo tempo, as tropas aliadas, com Mitre como comandante-em-chefe, libertavam Corrientes e São Cosme, na confluência dos rios Paraná e Paraguai, no final de 1865.
 Em 16 de abril de 1866, e conquistaram posição em território inimigo, em Passo da Pátria, uma semana depois, estabeleceram-se em 20 de maio, em Tuiuti, onde sofreram um ataque paraguaio quatro dias depois.
 A batalha de Tuiuti, considerada a mais renhida e sangrenta de todas as que se realizaram na América do Sul, trouxe expressiva vitória às forças aliadas, o caminho para Humaitá, entretanto, não fora desimpedido.
 O comandante Mitre aproveitou as reservas de dez mil homens trazidos pelo barão de Porto Alegre e decidiu atacar as baterias de Curuzu e Curupaiti, que guarneciam a direita da posição de Humaitá, às margens do rio Paraguai.
 Atacada de surpresa, a bateria de Curuzu foi conquistada em 3 de setembro.                 - Não se obteve, porém, o mesmo êxito em Curupaiti, onde em 22 de setembro os aliados foram dizimados pelo inimigo : cinco mil homens morreram.
 Em 18 de novembro, o marechal Luís Alves de Lima e Silva, marquês de Caxias, assumiu o comando das forças brasileiras, com o afastamento de Mitre e Flores por motivo de graves perturbações internas em seus países, encarregou-se também de comandar as forças aliadas.  Caxias dedicou-se de imediato à reorganização do Exército.
Começava a sofrer os perigos da desagregação, devido ao insucesso de Curupaiti , crise de comando que se seguira ao conflito,-  providenciou um sistema de abastecimento compatível com o elevado efetivo existente em torno de Humaitá.
 Efetuada a ocupação de Humaitá, Caxias concentrou as forças aliadas, em 30 de setembro, na região de Palmas, fronteiriça às novas fortificações inimigas. situadas ao longo do arroio Piquissiri.
 Em 23 dias fez construir uma estrada de 11 km através do Chaco pantanoso que se estendia pela margem direita do rio Paraguai, enquanto forças brasileiras e argentinas encarregavam-se de diversões frente à linha do Piquissiri.
 Executou-se então a manobra :  três corpos do Exército brasileiro, com 23.000 homens, foram transportados pela esquadra imperial de Humaitá para a margem direita do rio, percorreram a estrada do Chaco
 Na noite de 5 de dezembro, as tropas brasileiras encontravam-se em terra e iniciaram no dia seguinte o movimento para o sul
 O general Bemardino Caballero tentou barrar-lhes a passagem na ponte sobre o arroio (Itororó). Vencida a batalha, o Exército brasileiro prosseguiu na marcha e aniquilou na localidade de Avaí, em 11 de dezembro, as duas divisões de Caballero.
 Em 21 de dezembro, tendo recebido o necessário abastecimento por Villeta, os brasileiros atacaram o Piquissiri pela retaguarda e, após seis dias de combates contínuos, conquistaram a posição de Lomas Valentinas, com o que obrigou a guarnição de Angostura a render-se em 30 de dezembro
 Em abril de 1869, assumiu o comando geral das operações, o marechal-de-exército Gastão d'Órléans, conde d'Eu. O Exército brasileiro flanqueou as posições inimigas de Ascurra e venceu as batalhas de Peribebuí (12 de agosto) e Campo Grande ou Nhu-Guaçu (Acosta Ñu - 16 de agosto).
López abandonou Ascurra e, seguido por menos de trezentos homens, embrenhou-se nas matas, marchando sempre para o norte, até ser alcançado pelas tropas brasileiras em Cerro-Corá
À margem do arroio Aquidabanigui, onde foi morto após recusar-se à rendição, em 01 de março de 1870. Em 20 de junho de 1870, Brasil e Paraguai assinaram um acordo preliminar de paz.
Panorama do MS após guerra do Paraguai: fazendas destruídas,  áreas abandonadas, população dispersa, crise econômica, a descoberta dos Ervais Nativos, após a Guerra do Paraguai advém uma leva de migrações inter-regionais: mineiros, paulistas, paranaenses, gaúchos, etc;  vão fundar fazendas nas áreas de Campos Limpos, Corumbá destaca-se como principal pólo colonial
 A proclamação da República e a escolha indireta do presidente e vice-presidente do Estado deixariam o povo, mais uma, vez fora do processo de participação política.
 Com isso, as decisões políticas tomadas em Mato Grosso continuaram a atender os interesses das oligarquias.
 Na capital federal ocorria a renúncia de Deodoro, assumindo em seu lugar, o vice-presidente Floriano Peixoto que passaria a enfrentar uma oposição que alegava que seu governo era inconstitucional.
Tal acontecimento também se refletiu em Mato Grosso e a oligarquia sulista representava a oposição a Floriano, essa oposição saiu de Corumbá em direção a Cuiabá, levando Manoel Murtinho a renunciar à presidência do Estado.
 Sufocada a oposição a Floriano, novos acontecimentos mudariam os rumos da política no Estado, pois a oligarquia nortista formou um exército particular, desfechando um contra-golpe na oligarquia sulista. Ao sair vencedora, a oligarquia nortista reconduziu Manoel José Murtinho ao poder.
Na construção da estrada de fero madeira Mamoé o  grande problema da construção era a falta de mão-de-obra, pois a taxa de mortalidade era alta, quase sempre provocada por acidentes de trabalho e doenças tropicais.
A solução foi: recrutar índios da região; bolivianos desocupados; cearenses refugiados das secas e dos coronéis da borracha.
Aqueles que vinham de fora, ao saírem da Filadélfia, os operários eram debitados pelo custo do transporte até Santo Antônio e só tinham direito à passagem de volta ao fim de dois anos.
Rodrigues Alves assinou com a Bolívia o Tratado de Petrópolis, em 1902,  através do qual se comprometia em assumir a construção da E. E Madeira - Mamoré
Governo Federal autoriza, no ano de 1903 a construção de uma linha férrea que passaria a ligar Bauru à Cuiabá, No ano de 1907, o Governo Federal reformula a rota  que deveria interligar Bauru ao porto de Corumbá
É a partir desta alteração que Campo Grande, que ocupa um lugar estratégico no centro do MS, entra na rota da ferrovia,
Em Agosto de 1914, os primeiros ramais da ferrovia chegam em Campo Grande,com a ferrovia começam o surgimento de núcleos urbanos. Ainda em 1914, é feita a ligação: Porto Esperança – Bauru – Campo Grande. Com isso, constrói-se uma ponte de 1024 metros sobre o rio Paraná, inaugurada somente em 1926.
No ano de 1937 inicia a construção do ramal Campo Grande – Ponta Porá, que foi concluído somente em 1953, Em 1940, dá-se início à construção do ramal Corumbá – Porto Esperança, concluído em 1953, ponte sobre o rio Paraguai com cerca de 2009 metros, concluída no ano de 1947.
A partir de 1º de Julho de 1996, acaba sendo privatizada e desde então passa por um grande período de estagnação e conseqüente desativação. Com a NOB desenvolveram algumas cidades como: Campo Grande que torna-se o principal centro econômico da região; Sidrolândia, Água Clara, Ribas do Rio Pardo, Porto Esperança e Três Lagoas.
As fase do divisionismo do estado de Mato Grosso :
Em 1889, quando alguns políticos corumbaenses divulgam um manifesto, no qual propunham a transferência da capital de Mato Grosso para Corumbá.
A sistematização da pecuária, o desenvolvimento sócio-econômico das vilas e cidades, a exploração da erva-mate pela Companhia Matte Laranjeira e a ligação entre o Sul de Mato Grosso e São Paulo, marcaram a origem do movimento divisionista.
Os divisionistas são envolvidos pela política de Vargas, a Companhia Matte Laranjeira adapta-se a essa política e altera sua estratégia em relação à unidade estadual, os ervais estavam devastados e também a política do Instituto Brasileiro do Matte, criado por Getúlio Vargas, não lhe favoreciam grandes lucros.
Regularização das posses de terras dos moradores dos ervais, em troca de indenizações sobre os arrendamentos , em 1943, Getúlio Vargas, em nome da segurança das fronteiras cria o Território de Ponta Porã.
Ponta Porã não atendeu aos interesses divisionistas, não satisfaz a política da Companhia Matte Laranjeira, e também não agradou ao governo estadual
Após a deposição de Getúlio Vargas, o novo Presidente da República é o General Eurico Gaspar Dutra, que era mato-grossense de Cuiabá.
Em1946, após a promulgação da Constituição, o governo federal extingue o Território de Ponta Porã reintegrando a região ao Estado de Mato Grosso,os divisionistas, durante as reuniões da Assembléia Constituinte, reorganizam-se e tentam a transferência da Capital de Cuiabá para Campo Grande.
A Companhia Matte Laranjeira mostra desinteresse em reflorestar os ervais, paradoxalmente estimula o governo estadual a regularizar as posses dos colonos.
O golpe de 31 de Março de 1964 põe fim a um período de democracia e inicia um regime militar autoritário.Os militares, buscando um maior controle dos problemas da sociedade, adotam a política do desenvolvimento com segurança, o que permitiu a criação de programas que facilitam o desenvolvimento de alguns Estados, entre eles Mato Grosso.
Os políticos divisionistas aproximam-se dos militares o que lhes permite tomar parte de algumas comissões que estudam (secretamente) as potencialidades políticas que impediam a divisão de Mato Grosso.
Após vários estudos, negociações, acordos políticos, o Presidente Ernesto Geisel assina em 11 de Outubro de 1977 a Lei Complementar nº 31 que cria o Estado de Mato Grosso do Sul.  Nessa fase, a Companhia Matte Laranjeira mantinha apenas algumas fazendas de gado, o seu principal interesse econômico de outrora, a erva-mate, agora era explorado por ervateiros autônomos.
A instalação do novo governo para o Estado nascente ocorreu em 01 de Janeiro de 1979, a solenidade ocorreu no teatro Glauce Rocha, com a presença do presidente da República, Ernesto Geisel e outras autoridades do diversos segmentos da sociedade.
Para administrar o novo Estado, foi nomeado como primeiro governador de Mato Grosso do Sul Harry Amorin Costa. Sua missão era organizar o Estado composto por: 55 municípios, população estimada de 1 400 000 habitantes e uma área de 350 000 km².
Sucederam a Harry Amorin Costa:
- 1979: Londres Machado: interino – Presidente da Assembléia;
- 1979: Marcelo Miranda Soares: Governador Nomeado, foi demitido do cargo.
-1980:  Londres Machado: interino;
- 1980: Pedro Pedrossian: indicado – foi nomeado pelos militares;
- 1982: Wilson Barbosa Martins é o primeiro governador do Mato Grosso do Sul eleito pelo voto direto;
- 1987: Marcelo Miranda Soares: eleito pelo povo
- 1991: Pedro Pedrossian: voto popular;
- 1995: Wilson Barbosa Martins
- 1999 a 2006: José Orcírio dos Santos
-2006 a atualidade: André Puccinelli